sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Brasil é o maior em TI na AL

A situação atual do mercado financeiro está tensa, com previsões sombrias até o final do ano em escala global. Ainda assim, em 2008, a América Latina - como mercado emergente - registrou crescimento de 15% em TI, contra 8% da Ásia Pacífico (excluindo o Japão, mas considerando China e Índia). A marca expressiva mostra a força do mercado dos países em desenvolvimento.

O estudo, realizado pela consultoria IDC, coloca o Brasil como o maior mercado de tecnologia no bloco, com mais de 45% dos investimentos totais em TI, seguido do México com 20%. De acordo com a empresa, ambos os países têm mais maturidade comparados a outros da região, quando se analisa a distribuição de gastos entre hardware, software e serviços e o crescimento dos mercados. O Brasil entrega 48% dos seus gastos em software e serviços, enquanto o México cresce abaixo da média da região.

A pesquisa afirma ainda que quase metade de um total de 454 empresas prefere adquirir uma solução ao invés de equipamentos e serviços de TI de forma separada. O bom momento econômico (ao menos no período pesquisado) estimula as companhias a buscarem soluções que diminuam o tempo de resposta do negócio às mudanças do mercado.

Pequenas e Médias

O segmento de pequenas e médias empresas (de dez a 499 empregados) representa 42% do investimento privado em TI, mas possui um crescimento mais rápido do que o resto das empresas de maior porte. A demanda não atendida por soluções de hardware e infra-estrutura está impulsionando o crescimento das chamadas PME (ou SMB, em inglês). De acordo com a IDC, essa demanda vem amadurecendo lentamente a cada ano. As soluções mais procuradas pelo segmento são as relacionadas a software de gestão, ferramentas analíticas e segurança.

Em relação ao consumo doméstico, as pequenas e médias respondem por mais de 20% dos gastos em tecnologia na América Latina. Esse mercado concentra principalmente a compra de PCs, impressoras e dispositivos como câmeras digitais, handhelds e celulares. A previsão da IDC para até o final do ano é de crescimento de 26% na AL, com destaque para a Venezuela, Colômbia, Brasil e Argentina.

Em pesquisa anterior da consulturia, um aumento na venda de PCs na AL foi demonstrado, com estimativa de quase 30 milhões de computadores até o final do ano. Entretanto, a projeção otimista pode sofrer severa alteração com a influência da crise nos mercados internacionais.

Influência da tecnologia na educação é tema de programa

O uso do computador na escola, a influência da internet na educação e as transformações pedagógicas provocadas pelas novas tecnologias estarão em debate, ao vivo, na TV Escola. Os temas serão abordados nesta sexta-feira, às 19h, no programa Salto para o Futuro.

As políticas adotadas pelo Ministério da Educação para implementar a cultura tecnológica nas escolas públicas serão apresentadas pelo secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky. O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado), que envolve a instalação dos laboratórios de informática, a capacitação dos professores e a oferta de conteúdos educacionais, será um dos temas de destaque.

O programa mostra ainda a interação do professor com instrumentos como o Portal do Professor, que oferece espaços virtuais para criação de aulas, blogs, comunidades virtuais e acesso a objetos educacionais. O professor Alberto Tornaghi e a professora Maria Helena Jardim são os outros participantes do programa.

Os telespectadores podem participar do debate pelo telefone 0800 21-6689, pelo fax (21) 2117-6635 ou pelo endereço eletrônico salto@mec.gov.br. O programa terá reprise de segunda-feira a sexta-feira, às 3h, 5h, 11h e 15h.

Mundo precisa de 18 milhões de mestres, diz Unesco

Para agência da ONU, salários baixos, salas de aulas lotadas e falta de estabilidade estão afastando os professores das escolas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, informou que o mundo precisa de mais 18 milhões de professores.

O alerta foi feito para marcar o Dia Mundial do Mestre, em cinco de outubro.

Treinamento

A falta de professores no mercado compromete o alcance da Meta do Milênio de promoção da educação universal até 2015.

De acordo com a Unesco, a falta de profissionais do ensino é maior na África, que precisa de quase 14 milhões de educadores.

Leia o boletim de Eduardo Costa, da Rádio ONU em Nova York.

"O estudo da Unesco revela que algumas das causas da ausência de professores em salas de aula são os baixos salários, a superlotação de alunos, falta de treinamento adequado e de estabilidade no emprego.

O problema é maior em países africanos como Ruanda e Moçambique, onde uma sala de aula pode ter até 60 alunos, ou três vezes mais que o recomendado por analistas para um bom aprendizado.

Oportunidade

Para debater formas de solucionar o problema, a Unesco está promovendo nesta sexta-feira uma mesa redonda na sede da organização em Paris. Além de especialistas em educação, participarão do debate representantes da Organização Internacional do Trabalho, OIT, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef."